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30 de abril de 2024

Jesus, consolo de Deus para a humanidade

13/04/2021 . Formação

Festa do Domingo da Misericórdia

Os católicos celebram, no segundo domingo da Páscoa, a festa da Divina Misericórdia incorporada ao calendário da Igreja, no ano 2000, por São João Paulo II ao canonizar Santa Faustina Kowalska. Na homilia do segundo domingo da páscoa daquele mesmo ano, o então papa declarou: “É importante que acolhamos inteiramente a mensagem que nos vem da palavra de Deus neste segundo Domingo de Páscoa, que de agora em diante, na Igreja inteira, tomará o nome de ‘Domingo da Divina Misericórdia’” (Homilia, 30 de abril de 2000).

Ao olharmos para incredulidade de Tomé, no evangelho deste dia, que precisou tocar nas chagas de Cristo para acreditar, somos convidados a refletir sobre a nossa própria Fé no Ressuscitado. Tomé caminhou ao lado do Senhor, ceava com o Mestre, foi instruído pelo Senhor no caminho do discipulado. Hoje, nós não convivemos pessoalmente com o Senhor, não caminhamos ao Seu lado e não tomamos o pão de Suas próprias mãos, mas somos convidados a crer e nos alegrar na fé do Cristo ressuscitado.

Nestes tempos pandêmicos, quando experimentamos na carne o luto social por milhares de vidas perdidas pela pandemia, quando nos deparamos com a fragilidade econômica que assola as famílias mais carentes dos bens essenciais para sua subsistência, somos convidados a exercitar a nossa fé mais do que nunca. A alegria do Ressuscitado, que não pode ser eufórica, deve suplantar o luto das várias perdas e da morte, fazendo penetrar em nossos corações a verdadeira esperança cristã.

A liturgia deste domingo da misericórdia nos faz refletir sobre o amor incondicional de Deus ao entregar Seu único Filho, para nos receber em adoção. Eis a grande misericórdia de Deus em Cristo que nos convida a fazer o mesmo. O Papa Francisco nos diz que “a própria palavra ‘misericórdia’ evoca um comportamento de ternura. O termo em hebraico, usado na Bíblia, significa entranhas, e faz pensar no amor visceral materno. Deus está disposto a amar, proteger e ajudar, dando-Se todo por nós”.

Tomé pode tocar a chaga de Cristo e nós estamos impossibilitados de tocar uns aos outros. Mas, na primeira leitura deste domingo, somos inspirados pelos Atos dos Apóstolos, que nos diz, “a multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma”. Devemos nos inspirar na comunidade dos primeiros cristãos, colocando-nos a serviço uns dos outros, pela solidariedade, exercitando a mesma misericórdia com que fomos encharcados. O Papa Francisco nos diz que neste Jubileu da Misericórdia, nós nos entreguemos a Ele, experimentando a alegria de sermos amados por este “Deus misericordioso e piedoso, lento na ira e grande no amor e na fidelidade”.

Seminarista Lucas Henrique de Araújo, 3° ano de Teologia