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10 de setembro de 2025

31º Grito dos Excluídos e Excluídas – 2025

10/09/2025 . Notícias da Diocese

O “Grito” surge em resposta aos graves problemas sociais, tratados na 2ª. Semana Social Brasileira, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no ano de 1994, motivado pela Campanha da Fraternidade daquele ano, cujo tema foi “Fraternidade e os Excluídos”. Muitos conhecem a música “Eu vim para que todos tenham vida”, do padre José Weber. Trechos da letra: “Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente! (…) Onde está o teu irmão, Eu estou presente nele. Eu passei fazendo o bem, eu curei todos os males. Hoje és minha presença junto a todo o sofredor. Onde sofre o teu irmão, Eu estou sofrendo nele. (…) Entreguei a minha vida pela salvação de todos. Reconstrói, protege a vida de indefesos e inocentes. Onde morre o teu irmão, Eu estou morrendo nele”.

Desse cenário pouco animador decorre o tema da 31ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas: Cuidar da Casa Comum e da Democracia é luta de todo dia, tendo presente que o tema permanente segue sendo A Vida em Primeiro Lugar! Nessa economia, movida pelo motor do lucro e da acumulação do capital, áreas como o trabalho e a distribuição de renda, a saúde e a habitação, a comunicação e a educação, a segurança e os transportes terminam em segundo plano, ou se veem pura e simplesmente esquecidas. O Grito dos Excluídos teve sua concentração no Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade (Sindmon-Metal), às 7h30, com acolhida e café da manhã. Seguimos com os manifestantes caminhando do sindicato até a praça do Povo, em João Monlevade. Contamos a participação dos sindicalistas, ambientalistas, padres, religiosos e integrantes de movimentos e pastorais sociais da nossa Diocese.

A proposta central é sempre chamar a atenção para a exclusão social, econômica e política que ainda afeta grande parte da população, evidenciando que muitos brasileiros permanecem à margem dos benefícios da “independência”, como justiça social, igualdade de oportunidades e acesso a direitos básicos. “Onde salvas teu irmão, tu me estás salvando nele. (…) Onde acolhes teu irmão, tu me acolhes, também, nele”. Neste ano jubilar em que somos convidados a ser Peregrinos de Esperança, o Grito foi potencializado por uma nova edição do Plebiscito Popular, no qual estarão em pauta trabalho e distribuição de renda, economia e formas de violência estrutural, pobreza e dívida pública. O Plebiscito Popular sobre a taxação dos super ricos e a isenção de quem ganha até 5 mil reais mensais e sobre e a redução da jornada de trabalho, pelo fim da escala 6×1. Não precisa, meus irmãos, ser de direita e nem de esquerda, para poder ver a nossa democracia ameaçada. Basta ter olhos para enxergarmos, que vivemos constantemente ameaçados.

O CIC diz que o bem comum exige o progresso da sociedade e de todos os seus membros de modo justo e equilibrado e está orientado ao bem-estar das pessoas. E compete ao Estado defender e promover o bem comum da sociedade, dos cidadãos e dos organismos intermédios. É dever e direito inerente à dignidade da pessoa humana tomar parte ativa na vida pública. Esse dever convoca todos os cidadãos, mormente os cristãos, a assumir seu papel intransferível na promoção do bem comum (cf. CIC §§ 1910-1915).” Dom Itacir Brassiani

Pe. Marco José de Almeida