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26 de dezembro de 2024

Vacinação: um compromisso ético e cristão

08/02/2021 . Notícias da Diocese

Temos Vacina!

Com grande alegria, após 11 meses assistindo incessante sofrimento, fomos renovados em nossa esperança com a notícia da vacina contra o coronavírus que chegou até nós! Este momento que estamos celebrando é, sim, de fato um momento de vitória da humanidade, pois Deus manifestou a sua bondade e misericórdia, iluminando os cientistas no desenvolvimento de técnicas no combate desta enfermidade. As vacinas são medicamentos seguros e salvam milhões de vida de pessoas expostas a doenças em todo o mundo. Elas induzem o sistema imunológico a criar anticorpos àquela doença a que a pessoa pode estar exposta, entretanto, como as vacinas contém apenas germes (vírus ou bactérias) formas enfraquecidas ou mortos ou partes deles modificados geneticamente, elas não causam a doença. Nenhum desses processos de fabricação implicam em danos ao nosso corpo. Não têm como causar a doença em nós ou interferir em nosso DNA.

Recebemos um excesso de informações por vezes de fontes duvidosas que se propagam velozmente, criando dúvidas e medos infundados. As vacinas são seguras, protegendo por anos, décadas e até por toda a vida, em alguns casos. Foram produzidos três tipos de vacinas, até o momento, contra o coronavírus: uma utilizando por modificação genética de um vírus símile, um adenovírus, assemelhando-o a parte do coronavírus, para ser capaz de induzir o organismo a produzir células de defesa; outra com vírus vivos atenuados; e outra com vírus mortos. Todas são efetivas, alcançando o objetivo de evitar mortes e doença grave. Todas são plenamente indicadas e seguras. Assim não podemos, neste momento permitir que, desinformações ou publicações afastadas das verdades científicas ameacem o sucesso da vacinação contra o coronavírus. Existem poucas situações que realmente contraindicam a vacinação neste momento e elas se restringem a mulheres grávidas, crianças e jovens menores de 18 anos de idade, ou aqueles que possuem alergia específica a algum componente da vacina (outras alergias não contraindicam, mesmo a outros tipos de vacina).

Pessoas que participaram de estudos de vacina contra COVID 19 (devem esperar serem chamadas pelo estudo). A vacinação deve ser adiada na fase AGUDA de alguma doença febril, assim tem que esperar o período de melhora, mas após este tempo determinado deverá ser vacinada. Em todas as outras situações todos podem e devem se vacinar, inclusive aqueles que já tiveram coronavírus, aqueles que são portadores de doenças crônicas e comorbidades, idosos, transplantados e que fazem uso de medicamentos imunossupressores. Quanto a efeitos colaterais a grande maioria não apresenta sintoma algum, e quando presentes são brandos, no local de aplicação, como uma leve gripe. Importante termos consciência de que a vacinação não nos libera, neste momento, dos cuidados já estabelecidos, de higienização das mãos, distanciamento social e uso de máscara, porque a real imunidade populacional somente será conhecida após novos estudos pós vacinação. Mas sem dúvida alguma, podemos nos alegrar, festejar esta vitória e a feliz esperança de vermos declinar as tristes taxas de mortalidade no mundo inteiro, pela COVID-19. Muitos podem estar experimentando a ansiedade natural para receberem a vacinação, que é anseio de todos os que estão envolvidos na produção e distribuição destas vacinas, mas precisamos um pouco mais de paciência neste momento, aguardando as estratificações de risco pelos órgãos competentes. Para que este trabalho seja seguro e consiga alcançar a todos, devemos continuar seguindo as orientações dos órgãos competentes aguardando o momento em que seremos convocados para a vacinação, pois a estratégia estabelecida é a que mais pode proteger a todos! Assim quando chegar a sua vez será convocado para ser vacinado! Nossa missão é continuar o projeto de Deus, plano expresso pelo seu filho Jesus, “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância ” (Jo 10,10).

Desejo a todos saúde e uma ótima vacinação!


Drª. Daniela Silva Freitas Santos

Médica formada pela UFMG; membro do corpo clínico do Hospital Margaria na cidade de João Monlevade; coordena à 10 anos o serviço de controle de infecção hospitalar do hospital Margaria; especialista em Nefrologia pela Sociedade Brasileira de Nefrologia; Especialista em Medicina do Tráfego pela Associação Brasileira do Tráfego; pós graduada em Psiquiatria pela faculdade IPAMED. Drª Daniela é Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão Eucarística na paróquia São Miguel em Rio Piracicaba-MG e participa do movimento Filhos de Maria na cidade João Monlevade.