Na noite da última sexta-feira, 22, Festa de Santa Maria Madalena, o Bispo Diocesano de Itabira-Cel. Fabriciano, Dom Marco Aurélio Gubiotti, presidiu na Catedral Diocesana Nossa Senhora do Rosário, a Santa Missa dedicada também ao sétimo dia de falecimento de seu pai, Sr. Benedito Gubiotto.
Concelebraram com Dom Marco Aurélio, alguns presbíteros que atuam na cidade de Itabira e também nas regiões pastorais 2 e 3 da Diocese. Também participaram diáconos permanentes e seminaristas diocesanos.
Dom Marco Aurélio iniciou sua homilia explicando sobre a Festa de Santa Maria Madalena, que até poucos anos atrás era apenas uma memória obrigatória na liturgia da Igreja, e foi elevada à categoria de Festa, pelo Santo padre o Papa Francisco.
É clara a intenção do Santo Padre, de valorizar o papel da mulher na Igreja, mas também de dar ênfase na devoção a Santa Maria Madalena, que foi muito confundida, e ainda é, com outras mulheres do evangelho. Maria Madalena foi confundida com a pecadora (do evangelho de São) João, (capitulo) 8, também com a pecadora penitente do evangelho de São Lucas e ainda confundida com a irmã de Marta e Lázaro que em Bethânia ungi os pés de Jesus.
O Bispo explicou que segundo a tradição de São Lucas, jesus libertou Madalena de 7 demônios. Porém na tradição segundo São João, Maria Madalena foi a primeira que fez a experiência de Jesus Ressuscitado, e foi a anunciadora, a portadora, da graça da ressureição, ao anunciar aos apóstolos que o Senhor havia ressuscitado dos mortos.
Em um segundo momento da homilia, após a catequese sobre a história de Santa Maria Madalena, Dom Marco Aurélio falou, ainda emocionado, sobre o momento de luto que vive com a perda de seu pai, e partilhou que passa por esse luto agradecendo a Deus pelo dom da vida concedido ao Sr. Benedito durante seus 92 anos.
Ha dez anos atrás, em janeiro de 2012, a mamãe faleceu, e em outubro a minha irmã do meio. A minha imã mais velha, a primeira (dos filhos), já havia falecido em 1995. Mas o que tenho agradecido a Deus é pelo que papai significou em nossas vidas. Ele foi o caçula de seus irmãos homens, e ainda tinha uma irmã mais nova, que foi a única que ele não acompanhou em seus problemas de saúde, internações e sepultamento. Todos os outros irmãos, eu vi e testemunhei que ele nunca se à assistência daquele irmão que naquele momento precisava.
Meu pai sempre foi muito firme no processo da nossa educação, mas ele nunca faltou, mesmo nos momentos de maior firmeza, com sua presença carinhosa e amorosa de pai, para conosco seus filhos e nem de esposo para com a minha mãe. Quando a mamãe adoeceu com alzaimer, por volta do ano 2000, 2001, foi o grande testemunho para nós, do carinho e do amor para com a esposa, que já não dava mais retorno afetivo para ele. Uma vez ele me disse: ‘olha eu não desconfio do amor de vocês pela sua mãe, mas vocês não dariam conta de cuidar dela. Foi preciso muito amor e muita paciência para cuidar dela.’
Também dou graças a Deus pela presença do meu pai, no meu sacerdócio. Ele sempre me acompanhou enquanto pôde, mesmo aqui nos primeiros anos de Diocese, de tal forme que ele sempre foi um companheiro e um amigo fiel, uma presença muito consoladora, durante esse 9 anos aqui. Era o primeiro que eu cumprimentava pela manhã e o último de quem me despedia a noite pedindo a bênção antes de me deitar.
Por último sou muito grato a Deus pela graça de ter enterrado meu pai. Eu pedi a Deus essa graça, só não queria qe fosse agora, mas Deus me deu essa graça. e Vejo como um sinal de Deus, ele ter morrido no dia de Nossa Senhora do Carmo, vejo como sinal de Deus, dois dos bispos que participaram da minha ordenação estarem presentes nesse momento. Eu agradeço por essa graça e por mais que seja dolorosa a Saudade e as memórias que sua ausência proporciona, isso não tira de maneira alguma a riqueza que foi a presença dele em minha vida e eu não poderia ter outra atitude que não fosse a de gratidão.”
Fonte: Comunicação – Catedral Diocesana