Criação: 25 de março de 1922
Instalação: 30 de novembro de 1922
O início de Marliéria remonta a 1865, com a chegada ao local de um aventureiro chamado Germano de Souza Baltar. Ele apossou-se de uma gleba de um terreno no local conhecido por Onça Grande, nome do ribeirão que banha a localidade. Germano doou três alqueires de terras para o patrimônio de uma capela devotada a Nossa Senhora das Dores, cuja construção fora iniciada, sendo pouco depois abandonada. O reinício da construção da capela deu-se por volta de 1885 por outros habitantes, o que foi feito em três etapas, sob a orientação inicial do Pe. Alípio José da Silva, vigário de Alfié, e com o término em 17 de março de 1902. Uma capela pequena, bem ornada, com lindo arco que dividia as senhoras dos senhores, com o tradicional púlpito, coro, dois altares laterais e o altar-mor, todo feito em madeira de lei, imponente, cheio de bicarotes, onde não se via um só prego.
A construção da Matriz de Nossa Senhora das Dores foi uma realização de vulto para a população marlierense que, unida em perfeita comunidade, levou-a a efeito em tempo relativamente curto. Coube a iniciativa ao Pe. Adelmo Ferreira da Silva e seu término glorioso, ao Pe. Otacílio Fernandes Ávila. As missas eram celebradas na metade antiga da igreja que fora derrubada e a igreja nova que estava entijolada, sem torre, sem piso, sem a menor condição de funcionamento. E, diante das péssimas condições de funcionamento, Pe. Otacilio Fernandes de Ávila começa a campanha para a construção da Igreja, utilizando-se de muitas estratégias inovadoras para a época. Assim, foi possível, em curto espaço de tempo, realizar tantas obras (igreja, escola e capelas em comunidades rurais…). O povo participava com entusiasmo, generosidade e alegria. E assim, em visita pastoral na data de 05 de outubro de 1961, a Igreja Matriz foi inaugurada pelo Arcebispo de Mariana, Dom Oscar de Oliveira.
Como não poderia deixar de ser, a Paróquia continua a construir a sua história, graças aos abnegados padres que na paróquia estiveram, semeando a virtude pela pregação da Palavra de Deus e graças também à tradição de seu povo. Essa tradição é cultuada no terço, nas novenas, procissões, romarias, festas religiosas, na partilha e na Eucaristia.
Fonte: Manuscritos de José Lino de Castro e Otacilio Fernandes de Ávila.