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26 de julho de 2024

Dom Marco Aurélio Gubiotti “Pela Graça de Deus” (1 Cor 15,10)
Nasceu no dia 21 de outubro de 1963, em OuroFino/MG, filho de Benedito Gubiotti e Natalina Gubiott.

Cursou filosofia no Seminário Arquidiocesano de Pouso Alegre, e a teologia no Instituto Teológico SCJ, em Taubaté (SP).

Exerceu o ministério sagrado nas paróquias:
São Caetano em Brasópolis;
Santo Antônio em Jacutinga; Nossa Senhora Aparecida em Tocos do Moji;
São Sebastião em São Sebastião da Bela Vista e Nossa Senhora de Fátima em Santa Rita do Sapucaí.

Viver a alegria e a esperança

10 de novembro de 2021 Palavra do Bispo

Queridos (as) irmãos, irmãs, neste mês de novembro encerraremos mais um Ano Litúrgico no dia 21, professando a nossa fé em Jesus Cristo como Rei do Universo e iniciaremos um novo Ano com o Tempo do Advento no próximo dia 28. O caminho da realeza de Jesus é o serviço, por amor, pois “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).

Jesus assumiu a sua missão até às últimas consequências, oferecendo a sua vida, aceitando o cálice da paixão, carregando as nossas dores, tornando-se maldição por nossa causa (Gl 3,13). É por Jesus que “temos a redenção, o perdão dos pecados” (Cl 1,14).

Junto com a Festa de Cristo Rei, celebra-se também o Dia do Leigo. Ser leigo no mundo de hoje é um permanente desafio de vida e testemunho: como ser do mundo, sem ser do mundo, como nos conclama São Paulo!  Leigos e leigas ocupam importantes ministérios na vida da Igreja e assumem sua vocação particular de constituir família – e aceitar com generosidade a vocação matrimonial que Deus lhes dá. Assumem a vocação de atuar profissionalmente com ética, dedicação e diferencial positivo no sentido de ser uma pessoa diferente no meio de tantas. Assumem vocação missionária, dedicando-se muitas vezes solitariamente ao outro mais necessitado. Enfim, leigos e leigas assumem o grande desafio de serem pedras vivas da Igreja, trabalhadores do reino que Cristo Rei vem implementar. Todos juntos numa Igreja sinodal, pois o caminhar evangelizando é uma missão comunitária.

Advento é tempo de preparação para celebrar o Natal. Neste tempo litúrgico devemos meditar a vinda de Cristo Jesus no tempo e na história humana. Ele vem trazer Salvação, Luz e Vida.

O Advento consta de quatro domingos. Nos dois primeiros refletimos através da Palavra sobre a segunda vinda de Cristo no fim dos tempos (aspecto escatológico). Nos dois últimos sobre sua vinda na sua encarnação e nascimento: Natal. Ouvimos os Profetas Isaías e João Batista. Contemplamos Maria, a Mãe de Jesus, e seu esposo São José. Eles nos ajudam a preparar o nosso coração para receber o menino Jesus. O que eles nos indicam? Em primeiro lugar devemos intensificar as orações e estar vigilantes para evitar todo pecado.

O tempo do Advento é, para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estar atentos e vigilantes, se preparando para a vinda do Senhor.

O caráter missionário do Advento se manifesta na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da vida missionária de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o santificar.

A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria, a esperança, a pobreza e a conversão. Deus é fiel às suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa que deve, nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza.

O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser, a Cristo, não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que “preparemos o caminho do Senhor” nas nossas próprias vidas, lutando contra o pecado através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.

Queridos diocesanos, vivamos o Advento com atitudes de vigilância, esperança e conversão. “Os que esperam no Senhor não serão envergonhados” (Sl 25). Não deixemos de nos preparar em família e em comunidade de fé para o Natal do Senhor, rezando a novena de Natal. Celebremos o Deus da Esperança (Rm 15,13) e não nos deixemos desanimar por causa das dificuldades. Jesus veio, nasceu este menino Deus: o mundo recomeçou. É o novo tempo da redenção. E você, faz parte dele. Coragem!

Para o V Dia Mundial dos Pobres, que será celebrado no próximo dia 14 de novembro, o Papa Francisco apresentou a sua mensagem que inicia com as palavras: “Sempre tereis pobres entre vós” do Evangelho de São Marcos (14, 7), é um convite a não perder jamais de vista a oportunidade que se nos oferece para fazer o bem.

Na mensagem, o Santo Padre recorda que Jesus não só está do lado dos pobres, mas também partilha com eles a mesma sorte. Isto constitui também um forte ensinamento para os seus discípulos de todos os tempos, bem como a necessidade da conversão: “Convertei-vos e acreditai no Evangelho” (Mc 1, 15), consiste, primeiro, em abrir o nosso coração para reconhecer as múltiplas expressões de pobreza e, depois, em manifestar o Reino de Deus através de um estilo de vida coerente com a fé que professamos.

Por fim, o Santo Padre diz que é decisivo aumentar a sensibilidade para se compreender as exigências dos pobres, sempre em mutação por força das condições de vida, e faz votos de que o Dia Mundial dos Pobres possa radicar-se cada vez mais nas nossas Igrejas locais e abrir-se a um movimento de evangelização que, em primeira instância, encontre os pobres lá onde estão.

Unidos a Jesus, nosso Rei, continuamos a sua missão de reprovar o pecado e anunciar o “Reino da verdade e da vida, Reino da santidade e da graça, Reino da justiça, do amor e da paz” (Prefácio de Cristo Rei).

Itabira, 08 de novembro de 2021

Dom Marco Aurélio Gubiotti

Bispo Diocesano

 

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