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26 de julho de 2024

Dom Marco Aurélio Gubiotti “Pela Graça de Deus” (1 Cor 15,10)
Nasceu no dia 21 de outubro de 1963, em OuroFino/MG, filho de Benedito Gubiotti e Natalina Gubiott.

Cursou filosofia no Seminário Arquidiocesano de Pouso Alegre, e a teologia no Instituto Teológico SCJ, em Taubaté (SP).

Exerceu o ministério sagrado nas paróquias:
São Caetano em Brasópolis;
Santo Antônio em Jacutinga; Nossa Senhora Aparecida em Tocos do Moji;
São Sebastião em São Sebastião da Bela Vista e Nossa Senhora de Fátima em Santa Rita do Sapucaí.

Tempo da espera e da presença

03 de dezembro de 2019 Palavra do Bispo

Meus irmãos e irmãs,

A Igreja, sábia em sua pedagogia, oferece a cada ano, por ciclos litúrgicos, o mistério da salvação pelas diferentes etapas do caminho e da vida de Cristo. O Advento é o Tempo da espera; o Natal da presença; a Epifania é o Tempo da manifestação; a Quaresma é o Tempo da conversão e da mudança; a Páscoa é o Tempo da vida plena; Pentecostes é o Tempo do Espírito e da missão. O Tempo Comum é o momento do aprofundamento, da contemplação, da meditação e sempre da ação, do testemunho, do anúncio.

Estamos num novo ano litúrgico, ano A, do Evangelista São Mateus. Seu marco inicial com o Tempo do Advento. O Tempo do Advento é dividido em duas partes bem distintas: do início até o dia 17 de dezembro, a Igreja quer nos educar para não perder de vista a esperança última que deve animar e acompanhar a caminhada de cada discípulo. De 17 de dezembro até o Natal faz memória da vinda histórica de Cristo porque é algo de marcante e decisivo, “o Verbo se fez carne e veio morar entre nós”.

O Advento é um tempo de esperança, durante o qual recordamos as promessas de Deus a respeito de nossa salvação. Deus é fiel e o que Ele promete é cumprido. E suas promessas referem-se a algo muito grande, que satisfaz plenamente o nosso coração e as buscas de nossa vida. As promessas de Deus a respeito da primeira vinda do Salvador já se cumpriram em Jesus Cristo e, agora, o Advento nos coloca diante da perspectiva da salvação plena, a ser realizada no Reino de Deus.

Como cristãos, somos chamados a dar esperança também ao mundo, que carece muito de um horizonte de esperança verdadeira.

O Advento anuncia a grande esperança daquilo que só Deus pode realizar por nós. A salvação plena que o nosso coração busca é obra de Deus. E requer de nós um coração aberto e generoso, para acolher o dom de Deus e colaborar com Ele. Por isso, o Advento também é um tempo forte de escuta e acolhida da Palavra de Deus.

Essa Palavra chama à conversão, à busca de Deus e à colaboração com a sua graça. A busca de Deus deve acontecer através da oração e da reconciliação com Deus. A confissão faz parte da vivência do Advento e da preparação para a celebração do Natal. Durante a preparação do Natal, por outro lado, é muito recomendado que sejam feitas as Novenas de Natal em família e com os vizinhos, para criar um clima orante e de comunhão fraterna para a celebração do Natal.

Também é bonito e cheio de significado que as famílias preparem o presépio em seus lares durante o Advento. O presépio é uma representação da cena de Natal e visibiliza, de alguma forma, o Evangelho do nascimento de Jesus. A preparação do presépio pode ser um recurso pedagógico bem interessante para as famílias transmitirem a fé às novas gerações; por isso, convém que os pais envolvam os filhos e netos na preparação do presépio, explicando o simbolismo das imagens e lendo com eles o Evangelho do nascimento de Jesus.

E não pode faltar uma intensa caridade e solidariedade para com os pobres, doentes e todos aqueles que sofrem. Que eles sintam que são lembrados por Deus através da nossa fraternidade. Assim, criamos um clima para o Natal, que é a festa da Fraternidade universal. O Filho de Deus veio ao mundo para reunir em torno de Si a humanidade e fazer dela uma grande família de irmãos.

Vivamos intensamente este novo tempo. Se a comunidade cristã viveu intensamente o Advento, o Natal tem sentido de plenitude e de alegria porque Aquele que se esperou está no meio de nós, como o Deus conosco, o Emanuel. O Natal não é simplesmente uma memória histórica de um acontecimento marcante da vida da salvação, mas a perene e contínua presença de um Deus Conosco, misericordioso, rosto visível do Deus invisível. Presença que se atualiza sobretudo na Eucaristia e nas muitas outras formas.

Que todas as nossas Comunidades e Paróquias se unam para que, através de uma santa preparação, tenhamos um santo Natal, celebrado com muito amor e carinho. “O fato de sermos cristãos exige de nós que tenhamos fé e esperança. Mas a paciência é necessária para que elas possam dar seus frutos” (S. Cipriano).

Desejo a você e a toda sua família um feliz e santo Natal.

Na alegria de ser convosco um irmão pelo batismo, pastor e pai na fé, pelo serviço do ministério episcopal deixo a todos minha bênção.

Dom Marco Aurélio Gubiotti
Bispo Diocesano de Itabira-Coronel Fabriciano
“Pela Graça de Deus” (1Cor 15,10)

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