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18 de abril de 2024

Dom Marco Aurélio Gubiotti “Pela Graça de Deus” (1 Cor 15,10)
Nasceu no dia 21 de outubro de 1963, em OuroFino/MG, filho de Benedito Gubiotti e Natalina Gubiott.

Cursou filosofia no Seminário Arquidiocesano de Pouso Alegre, e a teologia no Instituto Teológico SCJ, em Taubaté (SP).

Exerceu o ministério sagrado nas paróquias:
São Caetano em Brasópolis;
Santo Antônio em Jacutinga; Nossa Senhora Aparecida em Tocos do Moji;
São Sebastião em São Sebastião da Bela Vista e Nossa Senhora de Fátima em Santa Rita do Sapucaí.

O olhar de ternura de Deus ao coração generoso

02 de outubro de 2020 Palavra do Bispo

Queridos irmãos e irmãs,

Atraídos pelo olhar de ternura de Deus, iniciamos o mês de outubro, mês tradicionalmente dedicado a refletir, rezar e a promover a dimensão missionária da nossa Igreja. Este mês destaca o chamado de Deus para vivermos a essência da Igreja: a missão.

Primeiramente manifesto minha enorme alegria em dirigir-me a vocês, neste mês missionário, desejo encontrá-los(as) bem e fortalecidos(as) na fé. Aproveito a oportunidade para poder agradecer-lhes pelo renovado empenho missionário, em nossa Igreja Diocesana, sobretudo diante da pandemia do COVID-19, onde foi preciso encontrarmos novos caminhos para que nossa ação missionária e evangelizadora pudesse acontecer. Não têm faltado esforço e determinação, por parte de todos vocês, neste “novo normal”, de evangelizar e de manter viva a fé, nas igrejas domésticas e de realizar, através das redes sociais, atividades pastorais, impossibilitados de nos encontrar e de as realizar de forma presencial. A pandemia nos inseriu num universo completamente diferente e limitado, mas a graça de Deus tem nos sustentado a todo tempo. Renovados pelo Santo Espírito no nosso batismo, somos sempre convictos de que a missão renova a Igreja, revigora a nossa fé e nossa identidade, além de nos dá novo entusiasmo e novas motivações.

Para bem vivermos a missionariedade deste mês, somos tomados pelo tema “A vida é missão” e lema “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8). Este nos envolve no mistério de Cristo Jesus, missionário do Pai, e nos revela que a missão não é fruto de uma simples vontade, mas da gratuidade que brota do coração de Deus. É ele quem primeiro se transborda e vem ao nosso encontro, assumindo a nossa humanidade. Esse movimento de descida visa elevar na graça a humanidade decaída. Do olhar de ternura de Deus e do coração generoso do ser humano nasce a identidade fundamental da Igreja: a missão.

Esta missão, enquanto comunidade de discípulos, é primeiramente testemunhar a alegria do encontro com a pessoa de Jesus, sendo sinal do Reino definitivo. Daí que a missão não deve ser entendida como uma expansão religiosa ou atividade que compete e envolve alguns poucos, mas é a participação na vida de Deus que por primeiro nos chamou e nos escolheu.
Quem é que tem a missão de evangelizar? O Concílio Ecumênico Vaticano II respondeu claramente a esta pergunta: “Toda a Igreja é missionária, a obra da evangelização é um dever fundamental do Povo de Deus” (AG 35). Se o Papa Paulo VI, na Evangelli Nuntiandi, exortava-nos a possuir um zelo evangelizador, fruto de uma verdadeira santidade de vida, alimentada pela oração e sobretudo pelo amor à Eucaristia, agora o Papa Francisco convoca-nos a “sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG 20).

Ser missionário nunca poderá ser visto como um privilégio de alguns entendidos, mas sim um compromisso marcado com o dom da fé. Pelo Batismo nos tornamos missionários e todo aquele que foi marcado por este sacramento carrega a identidade da missão, que nos impele para fora de nós mesmos numa relação próxima com os irmãos e irmãs. Ser missionário é partilhar a alegria de quem se encontrou com a grande esperança do mundo: Jesus.

Convictos de que a consciência missionária é que transforma a ação pastoral e evangelizadora da Igreja, convido-lhes a celebrar em nossas comunidades eclesiais e a somarmos forças na intensa vivência deste mês missionário, como forma de renovar o espírito missionário em nossa Igreja. Quero animar vocês a rezarem em suas comunidades e, sobretudo em família, pela missão, articulem algum gesto concreto de solidariedade para com os nossos irmãos e irmãs mais atingidos pela pandemia do novo Coronavírus.

Com o nosso novo Plano de Ação Evangelizadora e Pastoral, nossa Igreja Diocesana, sustentada pelos pilares (Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária), assumiu o compromisso de comunhão na vivência das prioridades votadas em assembleia (Pastorais Sociais-Meio Ambiente e Juventudes), e de fortalecer nossa identidade de Igreja Particular. Sabemos que serão muitos os desafios que iremos enfrentar, mas a história de nossa Diocese nos mostra uma caminhada de fé e compromisso que nos impulsiona a irmos em frente. Conhecendo o novo Plano, se fazem necessários o empenho e a participação de todos na busca da concretização destas ações. Que unidos cresçamos na unidade e na fé.
Não nos descuidemos da oração pelas vocações missionárias. Lembrando que a nossa missão acontece, sobretudo, em nossa casa, junto a nossa família, e se estende a todos, principalmente aos mais vulneráveis.

Por fim, e pensando além de nossa vivência missionária local, na extensão do nosso compromisso pastoral e evangelizador, carreguemos no coração nossa Igreja Irmã do Marajó, incluindo-a em nossas orações.

Que a Santíssima Virgem Maria, a Senhora Aparecida, nossa Mãe e Padroeira, a primeira missionária, nos anime e nos encoraje em toda nossa missão.

Com carinho e afeto, desejo que a bênção de Deus esteja com todos vocês.

Dom Marco Aurélio Gubiotti
Bispo Diocesano de Itabira-Coronel Fabriciano
“Pela Graça de Deus” (1Cor 15,10)

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