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04 de dezembro de 2024

Dom Marco Aurélio Gubiotti “Pela Graça de Deus” (1 Cor 15,10)
Nasceu no dia 21 de outubro de 1963, em OuroFino/MG, filho de Benedito Gubiotti e Natalina Gubiott.

Cursou filosofia no Seminário Arquidiocesano de Pouso Alegre, e a teologia no Instituto Teológico SCJ, em Taubaté (SP).

Exerceu o ministério sagrado nas paróquias:
São Caetano em Brasópolis;
Santo Antônio em Jacutinga; Nossa Senhora Aparecida em Tocos do Moji;
São Sebastião em São Sebastião da Bela Vista e Nossa Senhora de Fátima em Santa Rita do Sapucaí.

Nasce a Esperança

03 de dezembro de 2024 Palavra do Bispo

Queridos diocesanos, estamos novamente no sagrado tempo litúrgico do advento, belo tempo de preparação para o santo Natal. Ele abrange as quatro semanas que antecedem a celebração do nascimento de Jesus, 25 de dezembro.  O Tempo do Advento marca o início do ano litúrgico e traz com ele, para o novo ano litúrgico o ciclo de Leituras do Ano C, marcado pela leitura predominante do evangelho de São Lucas.

O conteúdo teológico-litúrgico dessa preparação contém dupla dimensão de esperança: preparação para o nascimento de Jesus Cristo e espera pelo Senhor na parusia (fim dos tempos). “É um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o Tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa” (Missal Romano). Essas características se misturam, ora acentuando-se mais a um, ora mais a outro aspecto.

O Advento é, pois, tempo de espera, de vigilância, de atenção e cuidado. Por estas características, percebemos que esse tempo litúrgico traz consigo algo da experiência própria de uma mulher grávida, que espera e se prepara em vista do nascimento de seu filho, em progressiva gestação. Ainda não é Natal, mas a Criança, em breve tempo, nascerá. A liturgia define oficialmente o Advento como “tempo de feliz e piedosa expectativa”. O tema da esperança cristã é fascinante; dá um sabor especial à nossa vida. Aliás, só ela dá o verdadeiro sentido ao nosso viver, pois somos seres em realização. Somos inquietos e abertos, projetando-nos constantemente diante de nós mesmos, para o futuro, para a plenitude. Nosso coração estará inquieto até que descanse em Deus (cf. S. Agostinho), pois fomos criados para sermos à Sua imagem e semelhança. O Advento ainda é promessa; o Natal já é a realidade do Deus conosco (Emanuel). O Advento é, portanto, período de serena e silenciosa expectativa: preparação para o nascimento de Jesus Cristo, o Filho de Deus entre nós.

Quando João Batista apresenta Jesus como o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo (cf. Jo 1, 29), o Precursor convida todos à conversão de vida: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mt 3, 3). É o que hoje cada cristão, cada família, cada comunidade e toda a Igreja procuram vivenciar pela escuta da Palavra de Deus, pela oração, pela participação na liturgia da Igreja, pela prática da solidariedade, por atitudes que revelam conversão para os valores do Evangelho, que Jesus veio anunciar.

O Advento é tempo de alegria, espera e esperança. Um momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. Neste período, há o despojamento das igrejas, é usada a cor roxa, não se canta o hino do Glória e as leituras ajudam a refletir sobre o mistério do Cristo que virá no final dos tempos. A melhor preparação para este tempo é vivenciar atentamente às propostas da liturgia que, com riqueza de mensagens, vai conduzindo quem acolher o que a Palavra propõe.

Meus queridos irmãos e queridas irmãs, neste tempo do advento a Igreja no Brasil realiza a Campanha da Evangelização. Participem generosamente, em vossas comunidades de fé, da coleta da solidariedade nas missas e celebrações do 3º domingo do advento, 15 de dezembro. A campanha tem por objetivo aproximar os fiéis de Cristo e promover ações de fraternidade e fé.  Os recursos da coleta deste dia são destinados para projetos e iniciativas de evangelização, especialmente aqueles que visam alcançar as periferias, as populações carentes, os jovens, as famílias e aqueles que ainda não tiveram um encontro pessoal com Cristo. A campanha também serve para apoiar a formação de agentes de pastoral e missionários, que estarão à frente dessas atividades evangelizadoras.

A Campanha quer ser também uma preparação imediata para a abertura do Jubileu da Esperança, proposto pelo Papa Francisco. Em Roma, a abertura do Jubileu acontecerá na noite do Natal do Senhor e, em nossa Diocese, na Festa da Sagrada Família, dia 29 de dezembro, às 17h, na Catedral Diocesana Nossa Senhora do Rosário, em Itabira. Por isso, o tema escolhido para a Campanha para a Evangelização deste ano é: “Jesus, nossa Esperança, habita entre nós. É nossa missão anunciá-lo”.

Com votos de um feliz Natal e um abençoado ano de 2025,

Dom Marco Aurélio Gubiotti
Bispo Diocesano de Itabira-Coronel Fabriciano
“Pela graça de Deus” (1Cor 15,10)

 

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