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27 de julho de 2024

Dom Marco Aurélio Gubiotti “Pela Graça de Deus” (1 Cor 15,10)
Nasceu no dia 21 de outubro de 1963, em OuroFino/MG, filho de Benedito Gubiotti e Natalina Gubiott.

Cursou filosofia no Seminário Arquidiocesano de Pouso Alegre, e a teologia no Instituto Teológico SCJ, em Taubaté (SP).

Exerceu o ministério sagrado nas paróquias:
São Caetano em Brasópolis;
Santo Antônio em Jacutinga; Nossa Senhora Aparecida em Tocos do Moji;
São Sebastião em São Sebastião da Bela Vista e Nossa Senhora de Fátima em Santa Rita do Sapucaí.

Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019/2023

01 de julho de 2019 Palavra do Bispo

Comunidade Eclesial Missionária

Queridos irmãos e irmãs,

A cada quadriênio a Igreja no Brasil apresenta ‘novas’ Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). Fruto de um longo trabalho de uma equipe de bispos, teólogos e pastoralistas, foram aprovadas pela última Assembleia dos bispos, convidando-nos a sermos uma Igreja em constante saída e a identificarmos causas e discernirmos consequências evangelizadoras no meio urbano.

Para 2019-2023, as diretrizes foram estruturadas a partir da concepção da Igreja como “Comunidade Eclesial Missionária”, apresentada com a imagem da “casa”“construção de Deus” (1 Cor 3,9), que remete à uma comunhão familiar. Em tudo isso, as Diretrizes convidam todas as comunidades de fé a abraçarem e vivenciarem a missão como escola de santidade.

Poderíamos nos perguntar: o são as diretrizes? “Diretrizes” não são ordens ou obrigações, mas sim o que a própria palavra diz: orientações e pistas pastorais. Cabe a cada Igreja local adaptar as propostas à própria realidade, levando em conta as grandes diversidades regionais deste imenso Brasil. As prioridades, as iniciativas práticas e as atividades pastorais, a serem realizadas, serão decisões de cada Igreja Particular.

O Documento é organizado em quatro capítulos.  A primeira parte, que inclui uma introdução e o capítulo primeiro, cujo título é o “Anúncio do Evangelho de Jesus Cristo”, busca apontar para qual direção a Igreja no Brasil quer caminhar nos próximos quatro anos. Busca aprofundar os desafios do contexto urbano e o papel das comunidades eclesiais missionárias. Fundamentalmente, a nossa pergunta é: como que a nossa Igreja no Brasil agora se coloca diante deste novo momento da realidade brasileira? Nesta parte, inspirado no livro do Apocalipse, o texto afirma que “Deus mora na cidade”.

As nossas “comunidades eclesiais” não podem ser grupos fechados em si mesmos. Devem ser comunidades eclesiais “missionárias”, ou seja, comprometidas e felizes de anunciar e testemunhar a alegria do evangelho a todos, os de perto e os de longe, principalmente aos que, por alguma razão, não conheceram Jesus Cristo, perderam o rumo e o sentido da vida ou estão às margens, nas “periferias”, de uma sociedade que exclui os pobres e os pequenos, os preferidos do Senhor.

O capítulo segundo fala do “olhar dos discípulos missionários” sobre os desafios presentes na cidade, destacando quais são os pontos determinantes na vida urbana, que tende a ser marcada pela lógica do consumo, da individualização, do imediatismo, da diversificação e da fragmentação, mas que não pode deixar jamais de ser espaço propício para a vivência do Evangelho. São realidades que exigem que a ação evangelizadora seja pensada levando em conta esta complexidade. Uma das formas de enfrentar os desafios urbanos é a conversão pastoral com a formação de pequenas comunidades, como prioridade da ação evangelizadora.

O terceiro capítulo, “A Igreja nas Casas”, apresenta a ideia de casa, entendida como “lar” para os seus habitantes, acentua as perspectivas pessoal, comunitária e social da evangelização. Essa casa é a comunidade eclesial missionária, chamada a ser escola de santidade.

O quarto e último capítulo, cujo título é “A Igreja em Missão” apresenta encaminhamentos práticos de ação para cada um dos quatro pilares, a saber: a Palavra de Deus na liturgia, nos sacramentos, na vida cristã e na animação bíblica; a Missionariedade de anunciar o Evangelho, sem a qual a Igreja não existe; a Caridade, o serviço à vida plena desde a concepção até a morte natural, passando por todas as realidades humanas que a muitas pessoas são negadas; e o Pão, que se refere à vivência da liturgia e da espiritualidade sem as quais não existe Igreja de Jesus Cristo.

Enquanto Igreja Diocesana, estamos em processo de assembleias como preparação para o nosso Plano Pastoral. Iremos realizar, em todas as nossas Paróquias, na primeira quinzena de agosto, as assembleias paroquiais, levando em consideração a avaliação do Plano atual e também as assembleias comunitárias já realizadas. Levando em consideração as Novas Diretrizes, iremos, no próximo ano, em Assembleia Diocesana, definir o nosso novo Plano Pastoral Diocesano definindo assim as novas prioridades para a nossa ação missionária e evangelizadora.

Louvado seja Deus pela nossa Diocese, casa da comunhão, que tem por padroeira Nossa Senhora Aparecida, Estrela da Evangelização. Ela, missionária do Pai, muito nos inspira na nossa ação missionária e evangelizadora, levando-nos a irmos ao encontro das múltiplas realidades, sobretudo onde parecem não mais haver sinais de esperança, as chamadas periferias existenciais.

Aproveito a oportunidade para recordar nossa Romaria Diocesana a casa da Mãe Aparecida, que acontecerá no próximo dia 20. Será um momento de comunhão diocesana e de muita alegria agradecer a Deus na casa da Mãe pela vida e missão de todos nós. Aproveito ainda para desejar a todos os avós muitas felicidades, estes que irão celebrar o seu dia no dia 26, dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Nossa Senhora e avós de Jesus.

Recebam meu abraço e minha bênção de pai e pastor e o desejo de um mês abençoado, repleto de realizações.

Dom Marco Aurélio Gubiotti
Bispo Diocesano de Itabira – Coronel Fabriciano
“Pela Graça de Deus” (1Cor 15,10)

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