Caríssimo(a) irmão(ã), seja bem-vindo(a)!

07 de outubro de 2024

Dom Marco Aurélio Gubiotti “Pela Graça de Deus” (1 Cor 15,10)
Nasceu no dia 21 de outubro de 1963, em OuroFino/MG, filho de Benedito Gubiotti e Natalina Gubiott.

Cursou filosofia no Seminário Arquidiocesano de Pouso Alegre, e a teologia no Instituto Teológico SCJ, em Taubaté (SP).

Exerceu o ministério sagrado nas paróquias:
São Caetano em Brasópolis;
Santo Antônio em Jacutinga; Nossa Senhora Aparecida em Tocos do Moji;
São Sebastião em São Sebastião da Bela Vista e Nossa Senhora de Fátima em Santa Rita do Sapucaí.

Cristo Vive! Somos suas testemunhas

03 de agosto de 2022 Palavra do Bispo

“Eu vi o Senhor!” (Jo 20,18)

Queridos/as irmãos e irmãs, paz e bem.

O título desta mensagem é o tema e lema para a celebração deste mês vocacional na Igreja do Brasil. Somos chamados a renovar a nossa consciência de que fomos e somos constantemente chamados pelo Senhor da Messe. O fato de termos sido agraciados por Deus indica que a nossa vida deve ser vivida na lógica do dom e não dos próprios méritos. É precisamente assim que a vida e a vocação de cada pessoa se realizam, quando compreendemos que é próprio da nossa vocação à vida, à filiação divina e em qualquer estado de vida, a entrega total e gratuita a Deus. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, isto é, no nosso coração, na experiência do amor fraterno. Somente através do diálogo com o Senhor, conseguiremos ver a beleza de uma vida que vale a pena ser doada.

Uma das mais belas realidades da nossa vida é o chamado de Deus, a vocação, com os sinais oferecidos pelo Senhor a toda a Igreja e a cada um dos fiéis, com o qual todos podem descobrir seu caminho de disponibilidade e serviço a Deus e ao próximo. Certeza primeira é que existe um olhar de Deus dirigido a cada pessoa, e não há um cristão sequer sem uma vocação específica. O primeiro chamado é à participação na vida divina, na qual se encontra também a plenitude da nossa natureza humana. Como o primeiro chamado de Deus é à vida, o segundo é à santidade. Em Cristo, “Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e íntegros diante dele, no amor. Conforme o desígnio benevolente de sua vontade, ele nos predestinou à adoção como filhos, por obra de Jesus Cristo, para o louvor de sua graça gloriosa, com que nos agraciou no seu bem-amado” (Ef 1,4-6).

O Papa Francisco, em Mensagem para o 59º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, com o tema “Chamados para construir a família humana”, reflete sobre o amplo significado da vocação, no contexto de uma Igreja sinodal que se coloca à escuta de Deus. “A sinodalidade, o caminhar juntos é uma vocação fundamental para a Igreja e, só neste horizonte, é possível descobrir e valorizar as diversas vocações, carismas e ministérios. Ao mesmo tempo, sabemos que a Igreja existe para evangelizar, saindo de si mesma e espalhando a semente do Evangelho na história. Ora esta missão é possível precisamente colocando em sinergia todas as áreas pastorais e, antes ainda, envolvendo todos os discípulos do Senhor. Com efeito, ‘em virtude do Batismo recebido, cada membro do Povo de Deus tornou-se discípulo missionário (cf. Mt 28,v19). Cada um dos batizados, independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangelização’ (Francisco, Exort. Ap. Evangelii Gaudium, 120). É preciso acautelar-se da mentalidade que separa sacerdotes e leigos, considerando protagonistas os primeiros e executores os segundos, e levar por diante a missão cristã, conjuntamente, leigos e pastores como único Povo de Deus. Toda a Igreja é comunidade evangelizadora.” (Roma, São João de Latrão, no IV Domingo de Páscoa, 08 de maio de 2022)

A cada época encontramos características próprias nas vocações; e quando temos abertura para a ação do Espírito Santo sabemos valorizar a diversidade em cada situação histórica. As vocações específicas são a resposta que o Espírito Santo dá às necessidades da Igreja, constituindo os elementos fundamentais de sua vida e da sua missão. A escolha da vocação deve vir do diálogo com o Senhor, qualquer que seja a vocação. E é certo que a vocação nunca é somente “minha”, mas é sempre “para e com os outros”.

Toda vocação é dom de Deus, que constitui certamente um grande bem para aquele que é o seu primeiro destinatário. Com toda a Igreja, nós cremos que Deus distribui seus dons e continua a chamar operários para a sua vinha. Embora, conscientes dos desafios de cada chamado, nos alegramos na esperança de que podemos ajudar nossa comunidade cristã diante do nosso sim generoso e da fidelidade aos propósitos de Deus para cada um de nós. A resposta ao chamado do Senhor vem sempre de um coração acolhedor e do silêncio da escolha que se constrói a cada momento.

Que este mês vocacional possa aquecer o nosso coração para o despertar missionário, num movimento sinodal, em toda a Igreja, que vive a vocação sempre como graça e missão porque Jesus está vivo e nós somos testemunhas.

Continuemos a rezar pelas vocações, acolhendo o que o Senhor disse: “Pedi ao dono da messe que envie operários à sua messe” (Lc 10,2).

Que a Virgem Mãe, a Senhora Aparecida, modelo dos servidores do Evangelho, nos proteja e interceda por todos nós e nos ensine e ajude a dizer sempre Sim.

Itabira, Sede do Bispado

03 de agosto de 2022

Dom Marco Aurélio Gubiotti

Bispo Diocesano

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