“Terra, Trabalho e Teto”. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça” (Mt 5,6).

O Grito dos Excluídos e Excluídas faz parte de uma agenda integrada de ações (6ª Semana Social Brasileira, a Economia de Francisco e Clara, o Pacto pela Vida e pelo Brasil), que estão sendo realizados em todo o Brasil com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, de diversas organizações, Movimentos Populares, Movimentos Sociais, entidades e instituições.

Neste contexto, a Diocese de Itabira Coronel Fabriciano, através de seu Secretariado Diocesano de Pastoral e Comissão das Pastorais Sociais, comprometida com o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, construiu uma proposta de ações para dar mais visibilidade ao Grito dos Excluídos e Excluídas.

Em sua 29ª edição fortalecendo o tema permanente do Grito que é “Vida em primeiro lugar” e a 6ª Semana Social Brasileira, “Mutirão pela Vida: Por Terra, Teto e Trabalho” que encerra em novembro, propôs a realização de audiências públicas em suas 3 regiões Pastorais.

A Região Pastoral 2 com apoio do Vereador Belmar Lacerda Diniz, realizou na terça-feira, 29/08, de 17h às 19h, sua Audiência Pública, na Câmara Municipal de João Monlevade.

Com presença de Lideranças de Pastorais, Movimentos, Serviços, Sindicalistas, políticos e sacerdotes, a audiência buscou dar voz e vez a essas pessoas e grupos excluídos da sociedade.

Com mediação da secretária de Pastoral da região 2 e Caritas Diocesana, Ana Maria de Sena, exposição do Pe. Marco José de Almeida, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, anfitrião do 29º Grito Diocesano dos Excluídos e Excluídas Pastoral Carcerária, Pe. Francisco Cezar da Cruz Neto, Assessor Diocesano das Pastorais Sociais, Pe. Nailson Mangabeira, Assessor Diocesano da Pastoral Carcerária explanaram sobre a natureza do Grito, reafirmando que a cada ano, o Grito se efetiva como uma imensa construção coletiva, antes, durante e após o 7 de setembro.

Mais do que uma articulação, é um processo, é uma manifestação popular carregada de simbolismo, que integra pessoas, grupos, entidades, igrejas, pastorais e movimentos populares e sociais comprometidos com as causas dos excluídos e excluídas. Ele brota do chão, é ecumênico e vivido na prática das lutas populares por direitos.

Conscientes de que vivemos no contexto sócio-político-cultural e eclesial, um tempo de muita polarização, mas que tem oportunizado também reflexão, esperança, utopias e lutas por um novo projeto de sociedade, onde a dignidade da vida esteja em primeiro lugar. Nesse contexto fortalecer e apoiar o grito é primordial.

Num clima bem sinodal de escuta, diálogo e partilha os presentes manifestaram suas inquietações e apresentaram propostas de construção coletiva.
Um dos compromissos assumidos nesta audiência e fazer um grande Mutirão pela Vida, no Mês de novembro encerrando a 6ª Semana Social Brasileira e como gesto concreto da Jornada Mundial do pobre.

As demais regiões pastorais irão realizar as audiências em:
30/08- Regional 3 – Ipatinga
04/09- Regional 1- Itabira

“A fome dos outros condena a civilização dos que não têm fome” (Dom Helder Câmara).