Neste domingo (15/11), às 10h, em Nova Era (MG), Região Pastoral II da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano, a Igreja São Caetano, que é administrada pela paróquia São José da Lagoa, cuja administração está sob os cuidados da Ordem dos Clérigos Regulares Teatinos, passará por dois importantes ritos: a dedicação do Templo e a dedicação do Altar. A solenidade será presidida pelo bispo diocesano, Dom Marco Aurélio Gubiotti, acompanhado do pároco, Pe. Rafael Tadeu Dias Machado, e do vigário paroquial, Pe. Flávio David Motta, ambos religiosos teatinos.
Os fiéis, de qualquer parte do mundo, poderão acompanhar a transmissão da cerimônia pelos perfis da paróquia São José da Lagoa no Facebook e Youtube.
A dedicação de Igrejas é um rito muito antigo, caracterizado pelo seu aspecto festivo e popular. Quando, em dezembro do ano 164 a.C., Judas Macabeu purificou o templo de Jerusalém e erigiu o altar, a festa de dedicação prolongou-se por oito dias (lMc 4,36-59). No tempo de Esdras, por ocasião da construção do segundo templo, a festa da dedicação durou sete dias e foram sacrificados cem touros, duzentos carneiros e quatrocentos cordeiros (Esd 6,15-18).
O Concílio Vaticano II apresenta a Igreja como o Povo de Deus reunido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Lumen Gentium 4). É muito importante notar que ao fazer a reflexão sobre a Igreja, o Concílio não se limitou àquilo que é visível como, por exemplo, a sua organização, mas foi até o mistério, isto é, à fonte de onde jorra a Igreja: a comunhão da Santíssima Trindade.
O Altar é o sentido básico de orientação para os batizados, para a comunidade dos fieis “voltados para o Senhor”. Só uma assembleia que tem uma orientação para onde se voltar será modelada e permitirá modelar o edifício.
O Altar é Cristo, centro de todo o edifício. A pedra angular do edifício de pedras vivas. O centro e coração do Corpo Místico que é a Igreja, a comunidade dos fieis. Ele dá testemunho silencioso do encontro e da aliança selada entre Deus e os seres humanos. O Altar é o Calvário, local da Paixão, onde ela se atualiza na História, é a pedra do sacrifício.
Na longa tradição cristã, o Espaço Sagrado sempre foi sinal das coisas celestes aqui, conosco. O espaço cristão não é o espaço de um deus qualquer, de ídolos. É o espaço de um Deus que: Chama, Fala, Convoca, Celebra a Aliança. É o espaço para o ser humano que responde. Portanto, é um espaço sagrado e confiado à Deus, às coisas de Deus, aos amigos de Deus, sua família, sua Assembleia.
Peterson Machado
Pastoral da Comunicação