No dia 13 de junho, domingo, foi realizada na Catedral Diocesana Nossa Senhora do Rosário em Itabira (MG), a Santa Missa em Ação de Graças pelos 56 anos da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano.
Presidida pelo bispo diocesano Dom Marco Aurélio Gubiotti e concelebrada por parte do clero diocesano, a celebração contou com a presença de autoridades civis e de uma parcela do povo de Deus, que unidos agradeceram ao Senhor por seus benefícios nestes 56 anos de caminhada da Igreja Particular de Itabira-Coronel Fabriciano e por tudo que foi realizado na sua história de evangelização pastoral e sua ação missionária.
No início de sua homilia, Dom Marco Aurélio manifestou sua alegria e gratidão por ser irmão bispo desta Diocese, e para tanto mencionou Santo Agostinho que disse: “o que sou convosco me consola, o que sou para vós me atemoriza, pois para vós sou bispo, convosco sou cristão”. Dom Marco Aurélio destacou que o medo não dominou este santo, e que ele ao fazer essa afirmação, valorizou o “ser irmão” no batismo, mas também demonstrou o senso de responsabilidade que tinha por ser pastor.
Ao comentar a Primeira Leitura, o bispo destacou que Deus continua elevando o pobre, o simples, e mostrando a fragilidade da grandeza e da autossuficiência humana, e que por sua vez, Jesus aproveita para atualizar os elementos utilizados pelo Profeta, tanto que no Evangelho, ele conta duas parábolas de sementes. Na primeira dela, Jesus destaca que embora o Senhor quis e quer precisar de nós, tanto no cultivo quanto para a ceifa é Ele que faz crescer e a força de vida que está dentro da semente é obra de Deus. Sendo assim, o bispo observou que pode ser que em algum momento dos 56 anos de caminhada evangelizadora da nossa Diocese, podemos ter nos questionado ou ainda questionar se somos capazes, afinal, somos tão limitados, mas Jesus nos diz nesta parábola: “Não se preocupe, que a obra não é sua. Confie na força vital e intrínseca que está na Palavra de Deus. É Ele quem faz crescer não deixe de lançar a semente, porque daqui a pouco vocês serão chamados para ceifar o fruto maduro”.
Dom Marco Aurélio comentou ainda que o Evangelho conta com uma segunda parábola, e que nela Jesus quer despertar em nós a humildade, e nos alertar que o pessimismo e o medo, são atitudes comodistas, e diante da comemoração disse: “sonhar com Jesus os sonhos de Deus nestes 56 anos, e os próximos 56 anos exige de nós, trabalho, suor e a coragem para não desanimar, para não ter medo de ser do tamanho de um grãozinho de mostarda, mas acreditar que dentro desta semente minúscula, tem uma força de vida capaz de transformar em árvore frondosa”.
Com confiança, Dom Marco Aurélio convidou-nos a continuar a obra evangelizadora de nossa Diocese, de modo a sermos responsáveis pelo esforço de tantos e tantos fiéis leigos, padres e religiosos que lutaram para fazer com que chegássemos a ter esta Diocese nestas condições.
Ao final desta solenidade, contou-se também com um momento muito especial, o lançamento do Selo Comemorativo do Centenário de Nascimento de Dom Mário Teixeira Gurgel. De posse da palavra, Dom Marco Aurélio, expôs brevemente a biografia de Dom Mário e ressaltou os principais trabalhos que ele desenvolveu, e de modo especial, sua importância para a história da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano.
Veja o vídeo da transmissão da Santa Missa abaixo:
Fotos da Missa e Lançamento do Selo do Centenário de Nascimento de Dom Mário Teixeira Gurgel:
Texto: Agência Parábola
Fotos: Rayane Dionísio (Pascom)
Ele viveu e, conosco
Principalmente conviveu.
Cearense, pau de arara,
Operário fiel da santa seara,
De Jesus foi servidor,
Com candura e com amor.
Sempre alegre e sorridente,
A Maria obediente.
Conjugou como poucos
A ternura e o vigor.
Seu jeito era propor
E nunca jamais impor.
Amigo, profeta, companheiro,
Pai, confessor e conselheiro.
Na fraqueza era um forte
Na dor, consolação.
Agilidade na cabeça
E bondade no coração.
Firmeza de caráter,
Grandeza de convicção.
Jamais se curvando
Diante da corrupção.
Piedoso e “piadoso”,
Cativava toda gente
Com fecunda pregação.
Na faculdade da vida
Foi aluno e foi doutor.
Aprendeu e ensinou
Sabedoria e o ardor.
Celebrando seu centenário,
Nossa gratidão e alegria.
São cem anos de vida
Que ora se convertem em perene utopia.
Pe. Carlos Jorge Teixeira