No dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, a Pastoral Afro-brasileira, a Cáritas Diocesana e as Pastorais Sociais da Região Pastoral 2, a convite do presidente do Conselho de Patrimônio Cultural do município de Rio Piracicaba, Rubens Júlio e da Coordenadora do Projeto Quilombo Caxambu, Ágda Vieira, se reuniram para celebrar a Missa pelo Dia da Consciência Negra e abertura das festividades da semana do Quilombo de Caxambu, que será realizada até no próximo domingo, dia 24 de novembro, com o lançamento do livro “Quilombo Caxambu”.
As Guardas de Congado que começaram a chegar às 07h, com muita alegria, cores e ritmo foram anunciando a grandiosidade do dia que se iniciava… E como parte de nossa cultura e tradição, um gostoso café já os aguardava no aconchegante Sítio Quilombo, casa do querido Buré. Após o café, se dirigiram ao adro da Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, onde Agda Vieira fez a abertura Oficial contextualizando o evento. Na oportunidade, Marinete Morais, da Pastoral Afro-brasileira, falou sobre a importância de comemorar esse dia, primeiro feriado Nacional Oficial, em referência à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, morto por bandeirantes em 1695. A data relembra a luta dos negros contra a opressão, e celebrar em um espaço de lutas e construção histórica, como o Quilombo Caxambu, é muito significativo e providente… As Guardas de Congado dos municípios de Rio Piracicaba, São Domingos do Prata, Timóteo e João Monlevade fizeram suas apresentações, com músicas e danças.
A Santa Missa, coroamento da festa, foi celebrada pelo Pe. Marco José de Almeida, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Ipatinga, com a assistência do Diácono Permanente Geraldo Evangelista de Araújo. Com o Coral da Pastoral Afro e uma participação significativa de representantes da região pastoral 2 e de alguns outros das regiões 1 e 3, o evento teve uma configuração diocesana. Pe. Marco José destacou que é sempre bom lembrar da importância da consciência negra para o combate ao racismo e todo tipo de preconceito. Fez memória dos vários Concílios e documentos em que a igreja destaca o valor da pessoa humana e o nosso compromisso de discípulos e missionários em viver e propagar o amor e a superação de todas as diferenças. “Saber do nosso valor, da nossa identidade, para que combatamos o racismo de uma forma mais humana, entendendo que as pessoas são todas iguais e que o respeito e o amor ao próximo é o mais importante. Nós, cristãos, devemos ser testemunhas na promoção da igualdade racial! Somos todos filhos e filhas amados e amadas por Deus!”, destacou o padre. “Não podemos tolerar ou fechar os olhos para qualquer tipo de racismo ou exclusão e pretender defender a santidade de toda vida humana”, nos ensina o Papa Francisco.
Fotos: Luíz Wagner / Pascom da Região Pastoral 2