Aleluia, aleluia, aleluia.
Vossa Palavra é a verdade; / santificai-nos na verdade! (Jo 17,17) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo,
1Jesus foi para o território da Judeia, do outro lado do rio Jordão. As multidões se reuniram de novo em torno de Jesus. E ele, como de costume, as ensinava.
2Alguns fariseus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher.
3Jesus perguntou: “O que Moisés vos ordenou?”
4Os fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”.
5Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu esse mandamento.
6No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher.
7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne.
8Assim, já não são dois, mas uma só carne.
9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!”
10Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto.
11Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra cometerá adultério contra a primeira.
12E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério”. – Palavra da salvação.
Reflexão:
Divorciar-se, na época de Jesus, significava que o homem podia despedir sua mulher por motivos banais. Isso era reflexo da superioridade do homem e seu domínio sobre a mulher (machismo). Então, no lar, acontecia a opressão que se verificava em todos os níveis da sociedade judaica. Ao responder aos fariseus que vieram “para pô-lo à prova”, Jesus se posiciona a favor do matrimônio e da mulher. Ensina que o ideal do matrimônio está baseado no projeto criador de Deus. E reforça o sentido de igualdade entre homem e mulher: “os dois serão uma só carne”. “Esta íntima união, entrega recíproca de duas pessoas, assim como o bem dos filhos exigem a plena fidelidade dos esposos e requerem sua indissolúvel unidade” (GS, 48).