Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida, / ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14,6). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse o Senhor:
47“Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram.
48Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos.
49É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão alguns deles,
50a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas derramado desde a criação do mundo,
51desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo, serão pedidas contas disso a esta geração.
52Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes e ainda impedistes os que queriam entrar”.
53Quando Jesus saiu daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal e a provocá-lo sobre muitos pontos.
54Armavam ciladas para pegá-lo de surpresa por qualquer palavra que saísse de sua boca. – Palavra da salvação.
Reflexão:
“Serão pedidas contas a esta geração.” Os destinatários desta sentença eram primeiramente os doutores da Lei e os fariseus. A menção dos apóstolos ao lado dos profetas deixa entrever as perseguições dos chefes contra a primeira geração apostólica. Os especialistas em leis dificultavam, para as pessoas simples, a compreensão e a prática da Lei de Deus. Mais grave: incutiam medo no povo para que não se aproximasse de Jesus (cf. Jo 12,42). O saber, em posse de poucas pessoas, ou utilizado como veículo de dominação, é uma forma de injustiça e um dos obstáculos à fraternidade. Jesus distribui tantas carapuças aos fariseus e doutores da Lei, que não causa espanto o fato de se porem de acordo, “armando ciladas para apanhá-lo de surpresa em alguma palavra que saísse de sua boca”.