Aconteceu no dia 04/06 sexta-feira, a Pré-Romaria das Águas e da Terra da Bacia do Rio Doce. Em função da pandemia da Covid-19, o evento foi realizado em formato virtual com uma missa transmitida ao vivo, direto da paróquia de Sant’Ana, na cidade de Abre Campo (MG), terra natal do padre Nelito Dornelas.
Antes da Santa Missa, porém foi realizada uma roda de conversa para refletir quais os passos para realização da 5ª Romaria das Águas e da Terra da Bacia do Rio Doce que terá a Diocese de Guanhães como anfitriã.
Devido à pandemia da Covid-19, o evento será virtual, mas pretende ser, como nos demais anos, um espaço de reflexões acerca da Casa Comum.
Sob o tema “Bacia do Rio Doce, nossa Casa Comum” e lema “Aos pés do Bom Jesus, cuidar da Mãe Terra, das Águas e da Vida”, a Pré-Romaria veio marcar o anúncio da criação do Instituto Padre Nelito Dornelas (IPANE) e também será um importante momento de memória pela luta e missão dos irmãos de caminhada padre Ernesto, padre Nelito e Hélio Martins e também celebrará os 6 anos da Carta Laudato Si, do Papa Francisco.
A Pré Romaria, está em sintonia com o cenário de pandemia que estamos vivendo. Ela surge considerando a importância das missões que são realizadas nas comunidades da cidade que acolhe a Romaria. Como neste período não podemos fazer as missões dessa forma, precisamos nos reinventar e criar novas metodologias que mantenha ativo o processo de evangelização articulado com a proposta da Igreja em saída”, explicou Bruna Monalisa da comissão de Meio Ambiente da arquidiocese de Mariana.
Segundo ela, isso valoriza a importância de refletir comunitariamente os temas em questão. “Considerando que nossos lares se tornaram espaços de celebração e vivência da fé, constituímos assim a Igreja Doméstica, e com as lives chegaremos a muitas famílias”, disse.
A 5ª Romaria das Águas e da Terra da Bacia do Rio Doce será acolhida no Santuário do Bom Jesus, território eclesial da diocese de Guanhães (MG) trazendo a dor e o sofrimento, diante dos desmandos da mineração, do agronegócio, dos monos cultivos e do consumismo desenfreado, que ceifam vidas, levam, à exaustão, os bens da natureza, poluem a terra, destroem matas e rios, escravizam a mão de obra humana e alimentam uma economia a serviço do lucro e não da vida e dos povos.
Texto: Vilton Cantarino Silva – Pastoral da Comunicação
Fotografias: Deusdeth Junior Amorim da Comissão do Meio Ambiente da Província Eclesiástica de Mariana
Fonte: Deusdeth Junior Amorim e Arquidiocese de Mariana