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25 de abril de 2024

Dom Marco Aurélio Gubiotti “Pela Graça de Deus” (1 Cor 15,10)
Nasceu no dia 21 de outubro de 1963, em OuroFino/MG, filho de Benedito Gubiotti e Natalina Gubiott.

Cursou filosofia no Seminário Arquidiocesano de Pouso Alegre, e a teologia no Instituto Teológico SCJ, em Taubaté (SP).

Exerceu o ministério sagrado nas paróquias:
São Caetano em Brasópolis;
Santo Antônio em Jacutinga; Nossa Senhora Aparecida em Tocos do Moji;
São Sebastião em São Sebastião da Bela Vista e Nossa Senhora de Fátima em Santa Rita do Sapucaí.

Mês da Bíblia: Para que nele nossos povos tenham vida

03 de setembro de 2018 Palavra do Bispo

Queridos irmãos e irmãs,

Seguindo o ano pastoral na caminhada missionária e evangelizadora da Igreja, iniciamos o mês da Bíblia. Este ano somos convidados a refletirmos o tema “Para que nele nossos povos tenham vida” (Sb1,1-6,21) e lema “A sabedoria é um espírito amigo do ser humano”.

A Bíblia, coleção de livros, escrita em hebraico, aramaico e grego está organizada em dois Testamentos, Antigo e Novo. Foi escrita à mão e em diversos materiais, como cerâmica, papiro e pergaminho. Está organizada em 73 livros, sendo 46 do Antigo e 27 do Novo Testamento. Trata-se de um livro que consiste no fato de Deus mesmo se dar a conhecer no diálogo que deseja ter conosco.

A Bíblia é a Palavra de Deus, onde Ele mesmo é o Autor, mas foi escrita por pessoas humanas. Não se pode pensar que Deus tenha aparecido aos autores sagrados (hagiógrafos) e ditado o texto. Ao contrário, a Bíblia resultou da vida do povo de Deus. Os escritores sagrados registraram suas experiências de fé e de vida, inspiradas por Deus. Antes desses livros serem registrados (Tradição escrita) – tais experiências eram passadas oralmente de geração em geração – (Tradição oral).

Deus, ao se revelar, assumiu a condição tanto de “sujeito da revelação”, como de “objeto da revelação”. No primeiro caso, Deus foi quem tomou a iniciativa de se revelar e de se manifestar de forma acessível e ao alcance das capacidades com as quais dotou o ser humano. No segundo caso, Deus tornou-se o conteúdo a ser experimentado, buscado e compreendido pelo ser humano, capaz de perceber e de adentrar no seu mistério, para reconhecê-lo como seu Criador. Apesar disso, a revelação não esgota o mistério de Deus. O que Deus revelou ao ser humano é o necessário para que ele realize a sua vontade e descubra o sentido da sua vida, da sua existência e do seu fim último: ser partícipe da sua íntima comunhão de amor (cf. 2Pd 1,4).

A Sagrada Escritura, enquanto Palavra de Deus revelada e inspirada, foi escrita sob a ação do Espírito Santo, como afirma a Dei Verbum n.11:

As verdades reveladas por Deus, que se encontram contidas e expressas na Sagrada Escritura, foram escritas por inspiração do Espírito Santo. Com efeito, a Santa Mãe Igreja, por fé apostólica, considera como sagrados e canônicos os livros inteiros tanto do Antigo como do Novo Testamento, com todas as suas partes, porque, tendo sido escritos por inspiração do Espírito Santo (cf. Jo 20,31; 2Tm 3,16; 2Pd 1,19-21; 3,15-16), têm Deus por autor e como tais foram confiados à própria Igreja.

Na Sagrada Escritura encontramos a revelação de Deus, mistério de amor que se comunica a si mesmo por meio do dom da sua Palavra. Esta Palavra, que permanece eternamente, entrou no tempo e no espaço. Deus pronunciou a sua Palavra eterna de modo humano; o seu Verbo “fez-se carne” (Jo 1, 14). Esta é a boa nova. Este é o anúncio que atravessa os séculos, tendo chegado até aos nossos dias, pois o Verbo, estando desde o princípio junto de Deus é Deus e revela-nos o próprio Deus no diálogo de amor entre as Pessoas divinas e convida-nos a participar nele. Neste grande mistério de amor, Jesus manifesta-se como a Palavra da Nova e Eterna Aliança.

Que a leitura e o estudo do Livro da Sabedoria favoreçam um autêntico encontro com a Palavra de Deus, capaz de nos iluminar na busca da verdade e da justiça.

+ Dom Marco Aurélio Gubiotti
Bispo Diocesano de Itabira-Coronel Fabriciano
“Pela Graça de Deus” (1Cor 15,10)

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